Camila Canela é uma pessoa queer, indígena em diáspora da etnia Apanjêkra Canela, articulada com a Aldeia pluriétnica Maraká'nà no bairro Maracanã no Rio de Janeiro, desde 2012. É Cientista Social pela UFF e Especialista em Arte e Educação Contemporânea pela UFT-TO. É multiartista com produções em videoarte, poesia, muralismo e principalmente pintura. Sua prática e pesquisa em artes nascem das memórias ancestrais e deslocamentos de um corpo-território que atravessa fronteiras y desafia seus limites. Promovendo re-existências contracoloniais em espaços telúricos y oníricos. Seu trabalho consta de colecionadores, bem como do artista e colecionador DJ Papagaio e da galerista Karla Osório. Inicia sua trajetória profissionalmente nas artes em 2013 em uma Residência Artística de teatro e performance, através do PPGCA-UFF, pesquisando memória ancestral e identidade. Posteriormente estuda arte urbana com Panmela Castro na Rede Nami (2018); pesquisa e curadoria em Arte Contemporânea com Daniela Labra (Zait/2021-2022); estuda com Marcos Bonisson, Sônia Salcedo, além de ser monitora do curador André Sheik, Gianguido Bonfanti e, atualmente é monitora de um dos pintores brasileiros mais importantes da década de 80, Luiz Pizarro na EAV Parque Lage, espaço onde estuda desde 2020 e, trabalha como modelo vivo desde 2013. É ativista desde adolescente, esteve no I Congresso Internacional dos Povos do Maraká, realizado pela Aldeia Tekohaw Maraká'nà (2012); estudou língua guarani com o professor e cineasta Alberto Alvares. Por ser indígena que mora em cidade/periferia vê na relação com a mãe-terra e as árvores-ancestrais, a si mesma: quebrando concretos, muros e outras barreiras que o capitalismo e a precarização constroem para matar sem ar e movimento seu corpo-terra. A partir disso se interessa pela articulação da cura como estratégia política y afetiva.

Origem: Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Cidade Atual: São Gonçalo, RJ, Brasil