Marina Nacamuli fotografa pessoas que se tornam seus íntimos, ou melhor dizendo, suas iguais. Suas obras são auto-retratos de uma experiência conjunta, em que a artista poderia estar facilmente no lugar da “modelo”, e de fato está, expõe ali sua intimidade, as situações que vive e os lugares que permeia. Nacamuli atua como o flâneur, o errante, caminhante e observador, cria uma relação de reciprocidade e compartilhamento, na qual apenas um olhar sensível e apurado é capaz de captar momentos singulares com tamanha profundidade. Ela é normalmente atraída por assuntos que envolvem a mulher, as ruas e as sub-culturas, com um olhar sensível ao abandono, a solidão e ao amor. Depois de 7 anos vivendo no Brooklyn, NY, onde foi pra estudar cinema, Marina tem pesquisado sua cidade natal, São Paulo. Ela prefere trabalhar usando meios mais experimentais, como a película e o vídeo - já que seu trabalho permeia entre a arte e o lifestyle. Em 2017, Nacamuli lançou seu primeiro fotolivro, “Roose”, que pode ser encontrado no acervo do Instituto Moreira Sales.