Nasci no povoado de Conceição do Formoso, Zona da Mata de Minas Gerais, fui criada na cidade histórica mineira Sabará e radicada em Salvador- Bahia, onde ampliei minha geografia íntima e vegetação interna, nutrindo gosto pelo hibridismo úmido das matas de água doce com a salgada imensidão litorânea. Trabalho no entre da matéria plástica, letra, gesto, passagem, cruzo, híbrido. Me interesso pelas quimeras das paisagens e relevos que entram e saem do corpo, por modos de existir como folha, raiz, casca de árvore, tronco, galho, semente, grão, terra, barro, água. Me interesso por tecer, com linhas avós e criar então outras dobras, perspectivas e imaginações. Me graduei em Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG, sou mestra em Estudo de Linguagens pelo PPGEL/UNEB e doutoranda em Literatura e Cultura pelo PPGLitCult/UFBA. Desde 2008 participei de exposições individuais e coletivas em MG, BA, SP, PE, RN e RS, sobretudo com as linguagens expandidas da pintura, desenho, bordado, audiovisual e instalação multimídia. Lancei três livros de poesia assinados por mim e três por meu heterônimo Manuel Lua-Cheia, além de livretos, zines e participação em antologias. Também publiquei o livro, fruto da minha dissertação, Poesia é a nossa estrutura: árvore, luta e artevida (uma experiência antimanicomial). Assino o Selo Candeia – Objetos de Arte, sobretudo com trabalho de edição de livros e criações audiovisuais. Fundei a Dissonante – Revista de Arte Antimanicomial e Saúde Mental. Integro o grupo de pesquisa Corpus Dissidente/UFBA. Já atuei com mediações e curadorias em Minas Gerais e Bahia.