Paula Leal Nunes, mais conhecida como Paulinha da Cria Preta, tem 28 anos, brasileira e é cria do Barreiro - BH. Formada em Design Gráfico desde 2015 e graduada em Artes Plásticas pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Atua principalmente na construção de marcas e materiais culturais que tem como protagonistas empreendedores negros. Há 3 anos, fundou a Cria Preta, empresa de design gráfico, que tem como principal objetivo traduzir a potência de pessoa negras enquanto donos e protagonistas dos seus próprios negócios. Desenvolveu o Design Ancestral, metodologia que se baseia em três pilares. É a partir da escuta que é possível dar a devida importância para a história de cada um. Se sustenta com construções visuais que consideram tudo o que compõe o outro como potência e tem como objetivo o mercado de troca de afeto com projeção para o mundo. Acredita que o mercado do design será transformado a partir de construções fundamentadas em histórias e vivências afroreferenciadas de cada indivíduo, sendo necessário falar das pessoas antes de dizer de um sistema mercadológico de promoção e venda da morte, o capital. Tem clientes em municípios brasileiros como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Salvador, chegando também na Europa, mais precisamente em Portugal e Irlanda. Já trabalhou com grandes nomes como Benilda Brito e o Instituto Marielle Franco. Nesse último ano, 2022, lançou o curta metragem Cores em Diáspora, que argumenta sobre a necessidade de afirmar a existência ancestral diante dos constantes ataques à nossa liberdade de sentir e se expressar, e da tentativa de aniquilação do povo africano e seus descendentes em diáspora, trazendo uma resposta científico-visual sobre como as cores vibram, potencializam, transformam e contam histórias. Tem produções importantes como as séries "Design Ancestral e o Quilombo das Cores" que é um material visual de paleta de cores feitas a partir de etnias africanas e também "Realeza em Cores: Design Ancestral e a História de um Povo", que desenvolve paleta de cores a partir de fotografias de celebridades negras, entendendo que as cores são bases ancestrais. Participou de alguns canais de mídia como entrevista na Rede Minas, no quadro Mulheres Negras Empreendedora, no programa Central do Brasil pelo canal Brasil de Fato disponível no Youtube, na imprensa nos jornais Notícia Preta e Estado de Minas e também convidada em Podcasts como Fora da Caixa, Doutro Lado Convida e Papo Nigga.